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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Informe Saúde - Plástica: Reposicionamento de Mamas oferece beleza e naturalidade

Olá...
Esse post é sobre um assunto muito importante para todas nós mulheres. Achei a matéria muito bacana e resolvi publicá-la.




O conceito de seio bonito pode variar de pessoa para pessoa, mas geralmente está relacionado a um par de mamas firmes e bem modeladas, em harmonia com o biotipo da mulher. Entretanto, seja por questões características naturais ou pela flacidez inerente ao processo de envelhecimento, os seios “caem”. E, para resolver o problema, é indicada uma cirurgia plástica de reposicionamento de mamas.    

Com a mastopexia – conjunto de técnicas e procedimentos cirúrgicos que levam à suspensão da glândula mamária – é possível recolocar a mama em uma posição mais alta e na região do tórax. “O objetivo desta técnica cirúrgica é a correção da posição da mama, a melhora da forma global, o tratamento do excesso de pele e a correção de assimetrias”, relata o Dr. Alexandre Mendonça Munhoz (CRM-SP 81.555), mestrado e doutorado em Cirurgia Plástica na área de Cirurgia Mamária pela Faculdade de Medicina da USP, e Membro Especialista e Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Na entrevista abaixo, o especialista comenta sobre as técnicas mais utilizadas na cirurgia de reposicionamento de mamas, seus resultados e o impacto emocional que tem sobre a vaidade feminina. Confira.

1. Quais as técnicas aplicadas na cirurgia de reposicionamento de mamas?
As principais técnicas estão diretamente relacionadas à anatomia local, o volume mamário residual, o grau de queda mamária (ptose) e o excesso de pele na região da mama. Em situações de insuficiência de glândula mamária, com pequena flacidez e um grau de queda leve, podem ser empregados os implantes de silicone de perfil alto ou mesmo anatômicos (em gota) com extra-projeção. Nestes casos consegue-se a correção do volume mamário, da queda da mama e da flacidez. Em graus mais avançados de flacidez e ptose mamária, há a necessidade de cicatrizes mais amplas como a periareolar total, a periareolar total com componente vertical ou mesmo a técnica em "T" invertido, sendo está última indicada para as situações mais severas de ptose e flacidez cutânea. Em todas as situações pode-se realizar o procedimento em associação com os implantes de silicone. No quadro de presença de tecido mamário suficiente, pode-se apenas reposicionar a mama sem a necessidade de implante de silicone. Para isto, é fundamental a avaliação física da paciente e a ponderação quanto ao volume final desejado.

2. Estas técnicas podem ser aplicadas tanto em mamas simétricas como assimétricas? Ou a anatomia não interfere?
Sim, estas técnicas de maneira geral permitem corrigir e tratar não apenas o grau de queda e flacidez mamária, mas também as assimetrias presentes em um número significativo de mulheres. Nestes casos, pode-se empregar implantes de silicone com volumes diferentes para cada mama ou mesmo realizar a montagem/suspensão do seio de maneira distinta em cada lado, de forma a se atingir um maior grau de simetria.

3. Com relação à cicatriz, onde ela fica localizada e qual o seu tamanho?
Vai depender muito da intensidade da flacidez, do volume final a ser alcançado e, sobretudo, do grau de queda da mama. Em casos mais leves e empregando apenas os implantes de silicone, pode-se utilizar a via axilar, na qual se realiza uma pequena incisão de 3-4 cm dentro da região axilar e, por meio desta, coloca-se o implante de silicone. Já nas situações de queda mamária mais intensa, há a necessidade da cicatriz periareolar total com objetivo de introduzir o implante de silicone e também retirar o excesso de pele. Na eventual condição de volume mamário adequado, pode-se apenas retirar o excesso de pele e reposicionar a glândula mamária por este acesso sem a necessidade do silicone. Já nas situações de maior queda/flacidez, há a necessidade de prolongamento da cicatriz associando-se a periareolar total com a vertical ou mesmo a em "T" invertido para casos mais graves. Nos últimos anos, temos empregado o conceito de cicatrizes reduzidas, onde conseguimos melhores resultados como o mini "T" ou mesmo a cicatriz em "L", que tem se mostrado útil na situação de queda mamária moderada, empregando-se ou não o implante de silicone associado.

4. Existe um perfil clínico/estético para esta cirurgia plástica ou qualquer mulher pode optar por este procedimento?
Normalmente, qualquer mulher pode optar por este procedimento na situação do diagnóstico clínico de ptose mamária e/ou flacidez cutânea. Na minha experiência, 70% das mulheres que procuram estes procedimentos se encontram entre a 3ª e a 4ª década de vida, tiveram de uma a duas gestações e amamentaram, fato este que na maioria das situações leva a um certo grau de queda.

Nos últimos anos, e em virtude do advento da cirurgia bariátrica (redução do estômago), temos observado um aumento da incidência de mastopexia em pacientes mais jovens e sem filhos, na faixa etária dos 18-25 anos. Nestes casos e devido à grande perda de peso, há alterações na posição da mama que levam a insatisfação estética e a procura do tratamento cirúrgico.

5. Do total de mulheres que buscam a cirurgia plástica para fins estéticos nas mamas, quantas optam apenas pelo reposicionamento?
Por volta de 20% dos casos de cirurgia estética mamária realizados envolvem apenas o reposicionamento da glândula mamária, sem a colocação de implante de silicone. Na maioria dos casos de cirurgia estética de mama, há o tratamento apenas do volume com a colocação do implante de silicone.

6. A cirurgia de reposicionamento de mamas, em relação aos outros tipos de cirurgia de mama, é menos procurada por falta de informação ou existe um outro fator de influência?
Pela minha experiência de consultório, a menor procura decorre da menor incidência das características clínicas que levam a indicação apenas do reposicionamento. Em um grupo de mulheres é muito mais frequente as queixas isoladas de volume insuficiente, do que apenas flacidez e queda. É claro, que existem diferenças quanto à faixa etária analisada, mas focando apenas o grupo que mais procura cirurgia plástica que é entre os 20-30 anos, a cirurgia do implante de silicone é mais realizada. Ademais, frente às questões atuais de imagem corporal e a procura de seios maiores, a grande maioria das mulheres procuram, atualmente, o aumento de mama com implante e não apenas as técnicas de mastopexia isolada, mesmo na situação que apenas o reposicionamento levaria a um resultado satisfatório.

7. Em relação aos outros procedimentos estéticos realizados na mama, o reposicionamento de mamas ocupa que lugar no ranking das cirurgias plásticas?
No ranking das cirurgias estéticas da mama, o reposicionamento ocupa o terceiro lugar dos procedimentos cirúrgicos mais realizados, ficando atrás do implante de silicone para aumento de volume exclusivo e da mamoplastia redutora, para os casos de hipertrofia mamária.

8. Em quais aspectos esta cirurgia pode influenciar no emocional feminino?
Há benefícios claros em relação à imagem corporal, a satisfação pessoal e a auto-estima. Todos esses aspectos interferem em um grau maior ou menor no emocional da mulher e na identificação feminina.

9. O que pode ocorrer quando a mulher implanta prótese de silicone e não faz o reposicionamento das mamas também?
Na situação de queda/flacidez da mama em graus moderados e/ou intensos pode levar a resultados estéticos insatisfatórios, ou mesmo até piorar o grau de queda da mama. Uma vez que o implante aumenta o peso da mama e, por conseguinte, há uma maior tensão na pele e na glândula que já se apresentavam sem estrutura de sustentação. Desta forma, pode ocorre um aumento da flacidez e piorar a queda. Desta forma, é fundamental a identificação das queixas principais da paciente e o diagnóstico correto do grau de queda e flacidez, com objetivo de se indicar a técnica mais apropriadaapenas o implante de silicone, o implante de silicone com retirada de pele as técnicas de sustentação/suspensão com ou sem implante. Cada caso apresenta benefícios e limitações com cada procedimento.



Perfil

Alexandre Mendonça Munhoz (CRM-SP 81.555) – Cirurgião Plástico
Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e residência médica em cirurgia geral e plástica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP. Com Mestrado e Doutorado em Cirurgia Plástica na área de Cirurgia Mamária pela Faculdade de Medicina da USP, Dr. Munhoz é Membro Especialista e Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e membro Consultor do corpo de revisores internacionais das revistas americanas Annals of Plastic Surgery e Plastic Reconstructive Surgery. Além disso, o especialista participa do corpo clínico dos Hospitais Sírio-Libanês, Albert Einstein, Oswaldo Cruz e São Luiz. O cirurgião também foi Coordenador do Grupo de Reconstrução Mamária do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período 2000-2009. 
  
Com uma intensa atuação acadêmica, Dr. Alexandre possui 92 trabalhos científicos publicados em jornais e revistas científicas do meio médico, sendo que 50 estudos estão indexados no www.pubmed.com (site da biblioteca médica norte-americana). O especialista já escreveu 26 capítulos de livros, sendo que 8 deles integram livros internacionais. (www.protesedemama.blogspot.com).



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